FAST FASHION E O CONSUMISMO


O termo "Fast Fashion" vem se popularizando cada vez mais nos últimos 10 anos e com ele o consumismo também vem aumentando, mas infelizmente nem todos que consomem o "fast fashion" sabem o que ele realmente é e o que existe "por trás" dessa "tendência.

O post de hoje não é um dos mais agradáveis, que já foram publicados aqui no blog, porém de vital importância... Antes de chegarmos ao assunto principal, é preciso exclarecer primeiro o termo incial, Fast Fashion...

"Fast fashion (moda rápida) significa um padrão de produção e consumo no qual os produtos são fabricados, consumidos e descartados – literalmente – rápido. Este modelo de negócios depende da eficiência em fornecimento e produção em termos de custo e tempo de comercialização dos produtos ao mercado, que são a essência para orientar e atender a demanda de consumo por novos estilos a baixo custo..." - WikiPédia (Clique e saiba mais)

 Não é de hoje que estou insatisfeita com a indústria da moda, porém apenas após assistir ao documentário "The true cost" (assista na Netflix), que realmente decidi fazer alguma coisa e compartilhar a minha insatisfação sobre o assunto.

Uma das características da fast fashion é a produção rápida e de custo barato, afinal as peças não precisam durar muito tempo, então não é investido muito tempo, ou dinheiro em todo o processo de produção, tais como tecidos e mão de ombra. A maior parte da indústria de Fast Fashion têm suas "fábricas têxteis" fixadas em países super populosos e que ainda estão em desenvolvimento, como a Índia e a China, onde a mão de obra é barata e é possível terceirizar os serviços, sem ter ligação "direta" com "obrigações" como: salário mínimo e condições de trabalho.


Em 2013 boa parte desse lado "sujo" da moda e do consumismo, acabou tomando destaque mundial, por conta do desabamento do prédio chamado Rana Plaza, em Daca, na Índia. O prédio abrigava fábricas têxteis e um centro comercial, de marcas de fast fashion como H&M, The Children's Place, Primark, Monsoon, DressBarn e grupo Benetton. O desabamento do prédio, de oito andares, onde as condições de trabalho eram "complicadas" levou a morte de cerca de 1127 pessoas.

No documentário "The true Cost" é mostrado a rotina de trabalhadores em Bangladesh, em fábricas como as que existiam no Rana Plaza... Uma das coisas mais chocantes do documentário, além das condições subhumanas de trabalho, foi os salários oeferecidos, como $2 o dia para adultos e $10 o mês para crianças (por não possuirem a mesma produção de um adulto).

Locais como a Índia e a China são muito procurados por empresas grandes, para diminuição de custos, afinal, a mão de obra é barata e os países não possuem uma legislação tão rígida assim.
Essas empresas e até mesmo nós, que participamos indiretamente, comprando seus produtos, acabamos nos aproveitando da "necessidade" de pessoas de alimentar seus filhos ou de até mesmo sobreviver, para comprarmos roupa mais barata ou de ter um lucro maior.


É importante lembrar que comprar uma roupa de marca, por não ser de lojas populares, não garante, que elas também não estão sendo feita com "mão de obra escrava", pesquise antes de comprar suas roupas... 

Uma das soluções é investirmos em comprar roupas com menos frequência, afinal, não existe nada de errado em repetir roupa, além de sabermos o máximo possível sobre a produção das roupas que estamos consumindo. Os atelies de artesão, são uma ótima opção para isto, pois você consegue saber que a mão de obra não é escrava, o preço é justo, sendo muitas vezes tão barato quanto as lojas mais populares, um ótimo exemplo de ateliê assim é o ateliê da minha amiga, Bianca Schultz, para conhecer, clique aqui.

Mas se pararmos para pensar por um momento, veremos que o consumismo "rápido" está muito além de nossas roupas baratas, ele está "empregnado" no nosso dia a dia, seja ele com a Obsolência Programada (saiba o que é, clique aqui) ou com novos modelos de produtos que são impostos a nós como "necessidade".

Os celulares da Apple são exemplo disso, onde chegam a ser lançados dois modelos ao ano, pessoas ficam individadas apenas para acompanharem os lançamentos, mesmo sem uma real necessidade daquele produto.

No vídeo abaixo, lá do meu canal no YouTube falo de maneira rápida sobre tudo que você leu neste post, dando alguns exemplos, caso queira conferir, basta clicar no player e assistir...



É claro que este assunto é muito mais extenso do que este post e você pode consultar todas as fontes que usei para produzir este post e o vídeo no final desta postagem... O assunto vai muito além do que utilizar "mão de obra escrava", a indústria têxtil acaba também poluindo muito, ficando apenas em segundo lugar, somente atrás da indústria do Petrólio.

Além das fontes que mencionei, você pode procurar por esses assuntos em sites de pesquisa, pois os artigos são imensos e valem a pesquisa, afinal conhecimento e conscientização nunca são demais.
Espero que este post tenha pelo menos te ajudado a refletir e espero poder estar ajudando a combater pelo menos um pouquinho deste "problema".
Beijos e até a próxima.


Fontes:

- The True Cost (documentário) - Netflix.

- Desabamento Rana Plaza (WikiPédia): https://pt.wikipedia.org/wiki/Desabamento_de_pr

- Noticias em jornal sobre o desabamento (BBC):
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2013/04/130428_bangladesh_tragedia_lado_obscuro

- Indústria Têxtil poluição: http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep1997_t6410.pdf

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1 comentários

  1. Muito bacana saber mais sobre fast fashion eu sinceramente não entendia muito bem, um tempo atrás uma empresa estava trazendo isso para o Brasil e até queria fechar algumas parcerias, porém não virou muito, bacana seu post bem explicadinho. bjs e bjs

    www.purpurinanasvaidosas.com.br

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